Crónica de Bruxelas – Outubro 2004
Bruxelas no início do Outono, vista da minha janela.
Cá estou eu, por Bruxelas.
O Outono chegou, e antes dele, o início das aulas. O ensino da física aos alunos de primeiro e segundo ano de medicina ocupa desde meados de Setembro a quase totalidade do meu tempo. A investigação está em modo “pausa”, mas espero em breve poder voltar a carregar no “Play”, se possível mesmo em “Fast Forward”. Até lá, algum esforço para entrar no ritmo, muitas horas de ensino por semana, e ainda mais umas semanas com muitos relatórios para corrigir. Pouca leitura, pouca diversão, pouco tempo para outra coisa que não seja o ensino. Quando o tempo de leitura e de lazer regressar, utilizarei este espaço para as partilhar.
No campo diversão, de relevante nos últimos tempos só mesmo uma ida a Paris, encontrar o Bruno e visitar o salão automóvel de Paris. Mais fotos do salão aqui, em breve. Se a utilidade dos blogs pode ser duvidosa para muitos, aqui fica um blog-acaso feliz: um post inocente num blog amigo (nuno-blog) permitiu um encontro quase fortuito, a 4, em plena Paris, com o Nuno Morais e o Filipe Moura. Um encontro LEFTão multi-gerações, em antecipação aos festejos dos 20 anos da LEFT (20 anos da LEFT).
Nos próximos dias devo ter uma conexão ADSL em casa, o que me permitirá de estar mais tempo “online”, e de dar mais atenção a este e outros canais de comunicação informáticos. Outras novidades: tenho finalmente os meus bilhetes para o Natal, estarei em Portugal dia 22 de Dezembro, e fico por aí (lá, para os estrangeiros no momento) um pouco mais de tempo do que habitualmente. O reverso desta medalha é que tenho que trabalhar enquanto estiver por Portugal.
Como podem ver na foto seguinte, eu estou na mesma. Sempre mais careca. A fotografia data de início de Setembro e foi tirada pela Florence (ou pela Pauline) (merci!), em casa da Brigitte.
(Foto de Florence+Pauline)
Quase ninguém escreve estes dias, mas quando esse milagre acontece, sempre a mesma pergunta: todos querem saber como corre a instalação do José Manuel Durão Barroso na cidade (para os esquecidos, o ex-primeiro ministro de Portugal, futuro presidente da Comissão Europeia, aquela “coisa institucional” onde hoje está o Vitorino... ); mas devo confessar a minha ignorância. Do Durão, nem sinais, penso que ele deve estar instalado do outro lado da cidade.
Para quem não conhece, Bruxelas é um pouco como Berlim, mas ao contrário. Não há um muro, mas um canal. E o canal, para muitos, é um obstáculo intransponível. O obstáculo não são tanto os 10 metros de água, mas sobretudo a diferença entre Bruxelas-Oeste, pobre e sobretudo emigrante do Magreb, da Europa de leste, e de África, e Bruxelas-Leste, emigrada ela também, mas europeia, e funcionária, bem paga e ausente aos fins-de-semana. Como podem adivinhar pela primeira fotografia, eu moro em Bruxelas-Oeste, muito ao Oeste, já quase no país do lado – a Flandres... Com a minha vida recente tenho estado ausente e sem novidades do outro lado...
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