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domingo, janeiro 22, 2006

Portugal Maior!




Aníbal Cavaco Silva ganhou à primeira volta. Vamos ter um Portugal Maior (seja lá isso o que for...Eu cá prefiro um Portugal Melhor).

Peter Wise, Finantial Times (cito a partir do Expresso):
"Aníbal Cavaco Silva, se analisarmos as suas palavras cuidadosamente, não terá prometido nada que vá além dos poderes constitucionais de um Presidente. Mas a sua campanha criou claramente a impressão de que, se for eleito, fará muito mais do que um Presidente pode legitimamente fazer no âmbito do sistema semi-presidencialista de Portugal. O seu problema, se ganhar, será dar resposta a essas expectativas."

Sinceramente não percebi o plano de campanha, a comunicação do prof. Cavaco Silva, deixou-me muitas dúvidas... Embora Portugal precise de um D. Sebastião, é preciso que cada um se convença que não há um D. Sebastião. Há 10 Milhões de pessoas que têm que trabalhar mais e melhor, apostar na sua própria formação. Trabalhar com constância e com vontade, trabalhar e não apenas "ter um emprego". Eu não espero - e ninguém deve esperar - um D. Sebastião, e acho que o Sebastianismo da sua campanha foi mal escolhido. Subscrevo as palavras do FT na integra. A candidatura de Cavaco recebeu o meu voto pragmático. Espero ser surpreendido pela práctica presidencial de Cavaco!

As minhas espectativas são que, como o prometeu, "colabore" com o governo. Colaborar, como ? Promovendo, sem se imiscuir no seu próprio ("ex") partido, mas com o seu empenho, um pacto de regime, um acordo ao centro, que defina as grandes e dolorosas linhas de reformas de que Portugal precisa:
redução de funcionários públicos (c.f.livro de Miguel Cadilhe (?), ainda não passei da introdução...), uma reforma total e radical da justiça, e também uma verdadeira política de justiça fiscal. Isto só para começar.

Acabar com as scut's - que deviam passar a ser pagas, entre outras coisas por uma questão de justiça fiscal - , repensar as Ota's e TGV's, e talvez dirigir esse investimento para a formação e qualificação dos portugueses.
O modelo económico tem que mudar, abandonar este modelo que já deu uvas de obras públicas estruturantes, para um modelo de investimento em capital humano.

Cito o discurso de vitória de Cavaco Silva:
"Não é pequena a tarefa que temos à nossa frente. O trabalho será longo e exigente. Estou ciente das nossas dificuldades do presente, mas anima-me o conhecimento da nossa história e a confiança que tenho nas capacidades dos jovens, das mulheres e dos homens do meu País.

Eu sei, sabemos todos, que o destino dos povos depende sempre de nós. À semelhança de tantos períodos, alguns mais difíceis, que em muitas épocas vivemos e fomos capazes de ultrapassar, também hoje eu confio, como sei que milhões de portugueses confiam, nas nossas capacidades como povo.

O País necessita de um clima que permita planear, tomar decisões e executar.

Encerramos hoje um longo ciclo eleitoral. Três eleições em menos de um ano. Cabe-nos agora, a todos, deitar mãos à obra.

Sei que podemos vencer. Sei que não queremos perder esta oportunidade. Sei que somos capazes."


E quero destacar a frase: "Cabe-nos agora, a todos, deitar mãos à obra." Não se esqueçam, como vi em alguns jornais, do "a todos". Toca a trabalhar.

Voltarei ao tema e também ao político científico da moda, o MIT Portugal.

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