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domingo, fevereiro 20, 2005

O que seria o "menos mau" desta noite ?

Eu ficaria contente com algo do género:

PS com menos de 113 deputados.
PSD, com 20% a menos que em 2002, aí pelos 80 - 82, mesmo menos.
PCP em alta, lá para os 20 deputados.
CDS com muito mais deputados do que o BE, tipo 14 - 3 (para que a conta dê certo).

Porquê isto seria menos mau:
o PS fica dependente de governar à esquerda, não tem as mãos livres para alguns dos seus disparates, mas suficientemente forte para que só dependa de si e fique sem a desculpa "dos outros" para não fazer nada. Os 113, 114, 115 são resultados perigosos, pois podemos sempre voltar aos "orçamentos limianos", com deputados vendidos aos interesses do seu bairro. Os que mais me preocupam são os deputados do Sr. Alberto João, o PSD-Madeira. Uma maioria relativa PS também é mais fácil de fazer cair, se (quando) provar ser tão má, como, digamos a título de exemplo, o segundo governo do Sr. Eng. Guterres, de quem herdará provavelmente a maior parte dos ministros.

O PSD tem que sofrer uma derrota histórica. Precisa de passar por aí para acabar com o ciclo. Todos os predestinados a ser presidente do partido já o foram. Agora, sangue novo. É o partido português talvez com melhores quadros, melhor capacidade de governar, mas é realmente preciso que a boa moeda acabe com a má. A corja de incompetentes e políticos de carreira tem que ser despedida, e dar lugar a um conjunto de pessoas competente com algumas ideias para o país, um rumo para todos, não um rumo apenas para si e para os amigos. Espero que hoje à noite o Dr. Santana ponha o seu lugar à disposição e que um congresso se realize antes do fim da Primavera. O país precisa de um PSD forte, sobretudo com o PS duvidoso que nos vai governar.

O PCP... Foi o único partido que fez uma campanha séria. E isso merece um prémio. Pensei que a (pseudo) eleição de Jerónimo de Sousa era o fim do PCP, mas enganei-me. Fez campanha como sempre, fiel aos seus princípios (que não são os meus), e foi o único partido a apresentar ideias, políticas, a discutir os meios de as levar avante, de as financiar e tornar perenes. Gostei, sinceramente gostei da campanha do PCP.

O CDS. Reconheço a inteligência política do Sr. Portas, penso que se saiu bem em campanha, preso entre os seus dois amores recentes, o seu "sentido de estado" e as "feiras-onde-se-ganham-votos-com-beijos". Porém sou alérgico à direita populista que ele e o Sr. Monteiro (a quem, junto com o seu PND, desejo um rotundo fracasso eleitoral...) implementaram no nosso país, desvirtuando um CDS que ocupava um lugar bem mais representativo e sério na sociedade que é a nossa. A conversão recente de Portas à causa Europeia não me convence, e a birra chamada PND não deve ter expressão eleitoral.

Quanto ao BE, parecem um bando de tontos. Um contradiz o outro no mesmo dia, e o Louça contradiz todos e a si mesmo, no dia seguinte. Ser contra tudo e todos, como nesta campanha foi o BE, pode e deve ser chamado populismo. Não muito diferente do da "direita conservadora". E quando o Louça insinua que Paulo Portas (PP) não tem filhos, em directo na TV, para nos lembrar que PP não é bem como os outros... Será isto digno de um liberal de esquerda?


Uma última palavra sobre o PNR. Não sabem o que é, ainda bem. É um partido de extrema direita. A eles desejo ZERO votos em todas os círculos em que se apresentem, e já agora, se algum juiz ler isto... deve haver matéria algures na lei portuguesa para condenar os dirigentes deste partido por crime de racismo, intolerância, propagação de ódio, crime contra a memória da humanidade...

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