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quinta-feira, novembro 11, 2004

11 de Novembro de 1918!

Às primeiras horas da noite, o exército inglês ocupa a cidade de Mons (Bélgica), enquanto as forças francesas e americanas avançam, já na outra margem do rio "Meuse", em direcção da Alemanha. Durante a madrugada, a boa notícia chega : com as suas linhas infiltradas e incapazes de suster o avanço aliado na frente Oeste, a Alemanha rende-se. O Armistício da primeira guerra mundial é anunciado às 5 horas da manhã, e torna-se efectivo às 11 horas da manhã, do dia 11 do mês 11 de 1918. A essa hora acabam oficialmente as hostilidades na frente Oeste. A guerra continuou, nas outras frentes.

Portugal participou nesta guerra, oficialmente desde Março de 1916, na prática a partir de Setembro / Novembro de 1917. O meu bisavô paterno, Augusto Sá, combateu na Bélgica e em França em 1917 e 1918. Teve mais sorte do que muitos outros, e não encontrou a morte em Aire-sur-la-Lys, durante a batalha de 9 e 10 de Abril 1918. Chegou atrasado à linha da frente, felizmente, chegou com um batalhão que constatou os estragos e repatriou os mortos, lá para o 20 de Abril. Dos cerca de 60 000 portugueses que combateram na primeira guerra, mais de 2 000 morreram, mais de 5 000 ficaram feridos, e, durante a batalha pelo rio Lys, cerca de 7 000 foram tomados prisioneiros pelo exército alemão, e condenados ao trabalho forçado.

Hoje, 86 anos depois, não podemos esquecer. Nem a paz, nem sobretudo a guerra. Não podemos esquecer o horror desta e de todas as guerras!

4 Comentários:

Anonymous Anónimo opinou:

è lindo, os tugas andam sempre atrasados...até para a guerra.
Neste caso vá lá, safaram-se.
Se os hélviticos não fossem neutros é q era giro, eram logo os primeiros...
Conversa mérbida, não?!
Não sabias q tinhas um bisavô guerreiro. Quem era?

9:36 da manhã  
Blogger Rui Carlos Sá opinou:

Quem és tu? Pedro? Gosto de saber a quem respondo!

Quando escrevi "chegou atrasado", era uma figura de estilo. Queria dizer que ele não estava na linha da frente no dia do ataque, tinha ido buscar mantimentos à retaguarda, ou pelo menos, o que eu sei é quando regressou à linha de demarcação vinha com uma coluna de mantimentos. Mas os portugueses "não chegaram atrasados" nesse dia. Nesse dia morreram em guerra mais portugueses do que em qualquer outro dia do século 20 pelo menos. 1 000 = mil. E 5 a 7 mil foram tomados prisioneiros. Em poucas horas. Esses estavam lá. Não chegaram atrasados, estavam onde lhes disseram para estar.

Quem era? O pai do meu avô Alfredo. Se não és o Pedro, então talvez situes melhor se eu disser o meu avô que morava em Abraveses. Nunca conheci o "bisavô guerreiro" faleceu bem antes de eu nascer. Mas felizmente não morreu nesse dia de 1918, pois o meu avô Alfredo só nasceu em 1920! ...

11:26 da manhã  
Anonymous Anónimo opinou:

De todas as guerras a pior é a guerra dos nexos....e a dos nexios também! Tentar explicar a alguém do sexo oposto que:

a) afirmar que se é capaz de consumir gastronomicamente todas as modelos daquela revista de moda que toda a gente lê,
b) deixar a tampa da sanita levantada depois de utilizar a casa de banho,
c) insistir em encher aquele canto da arrecadação com todas aquelas ferramentas e berbequins eléctricos que nunca vão ser utilizados,

não são mais que uma afirmação positiva da nossa sexualidade, constitui uma verdadeira guerra de nexo!

Ou ainda tentar explicar que em nossa casa utilizamos um sistema muito eficiente de arrumação baseado num algoritmos de alocação randomizado em plena conformidade com as regras comunitárias E340 e E232-AD, e que este sistema faz nexo, constitui uma guerra de nexos. Pior, quando em resposta às nossas explicações, todos os nossos objectos pessoais começam a aparecer desorganizados por ordem alfabética, ou então a roupa interior aparece separada por cores, isto constitui um verdadeiro holocausto de nexos!

Nestas situações apenas se pode fugir, sim fugir... pegar na chaves do nosso citroen GTI -700 Turbo-TDI-SSDI-3G, com jantes metalizadas e acentos em coiro e fugir... fugir pela estrada fora a toda a velocidadde até à segurança reconfortante de uma brigada de trânsito.


Por isso não me venham com coisas, qual primeira grande guerra...a guerra dos nexos é a pior!

LeRoi

1:33 da manhã  
Blogger Rui Carlos Sá opinou:

Excelente Post! Obrigado! Não precisei de ler a assinatura para reconher o humor. Vive leRoi!

11:45 da tarde  

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