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segunda-feira, dezembro 11, 2006

Pinochet (2)

"Durante os quase dois anos em que Pinochet esteve detido em Londres, os esforços do juiz espanhol Baltazar Garzón abriram uma pequena janela à esperança mais legítima; poderia ser julgado pelos meus crimes, mais que evidentes, mas acabou por não ser assim e, escandalosamente apoiado pelo governo do Chile, regressou ao país em glória e majestade. Mais uma vez o criminoso ficou impune. Mais uma vez, cuspiu sobre a memória das vítimas."

Luís Sepúlveda, in "O general e o Juiz".

Até à morte, acrescento eu.

Pinochet... Um de menos...

Não consigo alegrar-me com a morte de Pinochet. Este monstro devia e podia ter sido julgado. Em vida!

Retirado do site dos Quilapayun:

"..Voy a entregar de noche mensajes clandestinos

cuando su sepultura sea un hecho olvidado.

Voy a hacer del silencio una cárcel del pueblo

voy a cortar sus manos a golpes de guitarra.

Voy a armar regimientos de Allendes y Nerudas

y escupiremos odas sobre sus cementerios.


Y entonces, sólo entonces, cuando sean borrados

cuando nadie recuerde el odio de sus nombres

y entre manos aladas volvamos a encontrarnos

desde las trizaduras de esta historia enlutada

sobre la sangre entera vertida de mi tierra

volarán golondrinas, trigales y poemas"


"Bando Número 1, Los Dictadores" (Eduardo Carrasco)